22.05.2019 | Notícias
Idealizada pelo artista plástico Otavio Roth, cujos delicados desenhos ilustram o volume, e lançado na sede da ONU, em Nova York, esta Declaração Universal dos Direitos Humanos é uma adaptação do documento original adotado pela Organização das Nações Unidas em 1948. Como explica Ruth Rocha em nota no início do livro, seu público alvo são os jovens, ou seja, aqueles que “conservam a pureza antiga e sagrada do assombro e da indignação” e que por isso “formarão o grande concerto da solidariedade contra as injustiças e a balbúrdia humana”.
Falar da importância dos direitos estabelecidos neste texto é como falar da importância do ar e da água, ou mesmo do amor, para os homens e as mulheres do planeta. Aqui estão reunidas as leis básicas — “a forma laica das tábuas de Moisés”, segundo Ruth — que garantem a possibilidade de igualdade entre os seres humanos de todas as raças, gêneros, etnias, nacionalidades, religiões etc. Em poucas palavras, trata-se do livro-alicerce da nossa civilização.
A Árvore é o nome de uma instalação itinerante de arte participativa formada por folhas de papel pintadas individualmente por mais de 90 mil crianças de cerca de 70 países que, através da linguagem universal do desenho, compõe uma peça única de arte colaborativa. Ela foi concebida pelo artista plástico brasileiro Otávio Roth e inaugurada na Escola da ONU, em 1990.
Através da união pela arte, o autor buscou celebrar a paz e integrar crianças de todo o mundo nesse projeto por um futuro comum. Na concepção original, A Árvore deveria chegar a um milhão de folhas até o ano 2000, quando seria projetada sobre a fachada do edifício-sede da ONU em Nova Iorque. Este prazo não pôde ser cumprido devido à morte prematura do artista, em 1993.
O Acervo Otávio Roth relançou a proposta em 2018, promovendo A Árvore como uma obra que materializa o processo contínuo de promoção da cultura de paz, através da sensibilização de crianças de diferentes origens - e, como em 2020 A Árvore completará 30 anos - de diferentes gerações.
Através de uma parceria entre Acervo Otávio Roth, Sesc São Paulo, Secretaria Municipal de Educação e Instituto Vladimir Herzog, por ocasião da exposição “Para Respirar Liberdade - Setenta Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos” (Sesc Bom Retiro, nov/2018-abr/2019), engajamos centenas de professores e 30 mil estudantes da rede pública de ensino paulistana em discussões sobre direitos humanos e princípios do desenvolvimento sustentável, tendo como ponto de partida a construção colaborativa da obra.
Durante o biênio 2019-2020 pretendemos levar o Projeto A Árvore para ao menos dez capitais brasileiras nas cinco regiões do Brasil, engajando até 100 mil alunos e seus professores em uma rede ampla e plural, voltada para pensar e discutir o ensino de direitos humanos e princípios do desenvolvimento sustentável de maneiras dinâmicas e inovadoras, enquanto colaboram para a produção da maior obra de arte participativa já idealizada no país.
Além da formação oferecida aos professores, voltada para a apresentação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, indicamos materiais de apoio que possam ser utilizados em sala de aula, com crianças de diferentes ciclos. Duas de nossas principais indicações são Declaração Universal dos Direitos Humanos (ed. Moderna) e Azul e Lindo, Planeta Terra Nossa Casa (ed. Moderna), ambos de Ruth Rocha e ilustrações de Otávio Roth.
Isabel Roth - Curadora
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